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quarta-feira, 12 de outubro de 2005

[mais sobre a paz]

Pela paz é preciso mais que desarmar, esconder o dedo em riste, fazer uma bandeira branca, odiar George Bush, rezar para que Bin Laden arda no fogo dos infernos. Para promover a paz não basta votar sim ou votar não, não basta odiar Hitler, Stalin, Mussolini, não adianta ver filmes sobre o Holocausto e chorar.
Não adianta só isso. Pela paz, é preciso agir localmente e com suavidade, é preciso pensar e agir com clareza d'alma, sentir com verdade, amar de verdade, é preciso vestir-se de branco e dizer que torce para que somente por um dia só saiam coisas boas da boca, é preciso olhar o vizinho com outros olhos, esforçar-se para olhar para o alto quando tudo e todos vão contra você, é preciso escrever palavras de paz, recusar as maledicências, abraçar a lucidez, recobrar a consciência. É preciso o silêncio, pensar duas vezes antes de falar, de agir, é preciso uma greve de coisas inúteis, um olhar mais brando para a vida e para o outro, é preciso, se não entender, pelo menos saber que existem as causas e os efeitos, incluir-se no movimento da vida, parar de lamentar-se como se fôssemos vítimas de um mundo mau, ou de um Deus irônico e vingativo, e erguer-se para o som que ecoa em nós mesmos, impassível e grandiloqüente, alheio que é a toda a barulheira que faz lá fora. É preciso descobrir-se dentro da vida, dentro de um mundo que é nosso, pelo qual somos responsáveis imediatos, é preciso proteger alguém, deixar-se mais à toa, é preciso amar o mais difícil de ser amado, exercitar a paciência no trânsito, em casa, no ônibus, com os velhos, com os aprendizes, com os ignorantes, é preciso abraçar uma missão, um objetivo, ter um alvo altruísta, parar de olhar somente para o próprio umbigo. Pela paz é preciso olhar para frente, olhar-se para dentro, parar de esperar que venham de fora as soluções, é preciso entregar de volta à Fonte o que nos tem sido dado com tanta abundância, com tanta freqüência, com tanto amor.
É preciso reconhecer isso tudo, mas não é preciso erguer monumentos, nem gastar fortunas, nem usar a mídia, nem fazer um filme ou uma música. Não precisa tanto. Por excesso de vaidade e de exigências acabamos por nunca começar, acabamos por estagnar, parar, antes mesmo de dar o primeiro passo. Quando descobrimos que a paz se faz em um simples aperto de mão, ou no olhar de paciência com o irmão, descobrimo-nos capazes de já poder começar agora. Sem grandes obras, sem precisar ser santo ou reencarnar ainda mil vezes, dá pra ser agora mesmo, depois que você acabar de ler essa última letra, a letra z, onde termina a palavra que começa com p e tem no meio um a, a de agora-é-pra-valer.

PAZ.
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No LAMBE-LAMBE (ao lado)já tem fotos do aniversário do Diário Evolutivo.