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sexta-feira, 29 de abril de 2005

Farias

Para Ieda, pela sua coragem
Para Luíse, pela sua alma surrealista
Andarias comigo até o final dos tempos, por avenidas infinitas, mesmo sabendo que o tempo ninguém sabe até onde vai e que o infinito é imensurável? Andarias, tonto de sono, por caminhos insones, porque meu sono não chega e porque meu riso solto é um despertar constante? Desceria rios de correnteza, mesmo sabendo que cascatas imensas e pedras pontiagudas te esperariam ao fim? Sairias a galope num cavalo negro, selvagem, ao meu encontro, sem rumo, cavalo nunca antes cavalgado, matéria virgem? Subirias montanhas com picos cobertos de nuvem espessa, montanhas apontadas para o mesmo infinito imensurável? Percorrerias o infinito por mim? Cantarias canções angélicas, canções inaudíveis, canções etéreas mesmo sabendo-se condenado ao fogo perpétuo de sua condição mundana? Passarias a crer em um Deus soberano e justo, reticente e feroz, acima de ti e de todos, único e audaz? Deixarias esse ar soberano por mim? Caçarias unicórnios de sangue prata, seres alados só vistos de lentes poderosas, borboletas gordas e infelizes se esse fosse meu desejo de posse? Perderias de vista o seu início, desvencilharia-te do teu meio, ignoraria, suado, o teu fim, por um destino irreconhecível até a Deus? Lutarias guerras imensas e desesperadas, guerras góticas e negras, de suspense interminável, por um sorriso maldoso brotando de meus olhos? Arrancarias córneas, laçarias leões de antes de Cristo, gladiarias por mim? Conquistarias novos e inexistentes mundos, planetas nunca antes vislumbrados pelos grandes cientistas, partirias rumo a um deles por um punhado de terra que tanto almejo e te peço? Penderias, inerte de uma árvore, sem escudeiros abaixo de ti, e ali ficarias por horas, de braços e pés e mentes doloridos para me ver à distância que insisto em manter de seus olhos? Criarias asas frágeis, sabendo-se homem pesado e espesso? Levarias comida aos presos, facas escondidas, tesouras e pó, arriscando-se a vê-los soltos, violentando-te na tua paz?
O que, de fato, farias por mim? Dirias a mentira, a grande mentira por mim, ou te resguardarias na verdade inútil que nunca com coragem abandonastes? Preciso destas respostas, porque eu, confesso, faria muito pouco por ti além dessas perguntas. O que quero de ti não são respostas inventadas ou a falta de coragem e palavras para respondê-las. Quero a entrega imoral, o gesto repudiante, o inverso do que pensas, o risco. Mesmo sabendo que eu arriscaria quase nada por ti.