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quarta-feira, 2 de agosto de 2006

[nova prole]

Hoje dei a segunda e última palestra/oficina para os professores de licenciatura especial do PROLE, um programa do Estado que visa enquadrar academicamente os professores da rede pública estadual que não possuem licenciatura (sim, há muitos nessa situação).

Foi uma experiência gratificante. Primeiro porque tive a oportunidade de mais uma vez enveredar por um universo novo para mim, que é o ensino público. Tive a oportunidade de ver, convivendo juntos, a fragilidade e a motivação, o descaso e a vontade de crescer, o profissionalismo.

A fragilidade a que me refiro vem da própria formação dos professores. Mesmo intitulados ‘professores de inglês’ poucos têm um nível de proficiência equivalente ao nível 3 (que seria a metade de um curso básico como o do UEC). A motivação vem de exemplos como o de Clara, que me chamou em particular ao final da sessão e me perguntou como foi o início da minha carreira porque, para ela, aquele era, de novo, o início de tudo. O descaso vem do nosso governo mesmo, que não deu a formação desses professores antes. Mesmo com a boa vontade e o entusiasmo de muitos, qualquer um sabe que o descaso contamina, e aí não dá pra deixar de imaginar quantos alunos já passaram por mãos que poderiam estar melhor preparadas, quantos alunos poderiam ter sido melhor guiados.

Os olhares e os aplausos ao final de cada uma das palestras foram de verdade. Os professores ao final de cada palestra aplaudiram não a mim, ou o coordenador de tudo aquilo, ou o tema, mas aplaudiram eles mesmos. Pela coragem de recomeçar, de ver o que antes não se via, de se tornarem profissionais no sentido maior da palavra.

Não pensei duas vezes em olhar nos olhos de Clara com muita atenção de dizer para ela que ela podia, sim, recomeçar e fazer um ótimo trabalho. O brilho que vi nos olhos dela não me deixaram dúvida alguma.