[o que me destes num sonho]
"Enquanto a alma me diz coisas em preto e branco, o ego ainda precisa fantasiar-se em cores para me dizer algo"

Sonhei depois contigo em preto e branco. Nesse sonho, já não me davas nada com tuas mãos, nem com teus olhos, nem com a tua boca. Não me davas nada, nem nada se transformava. Mas ao fim do sonho – se é que sonhos têm fim -, ensaiastes um movimento de lucidez. Foi a lucidez que me destes naquele sonho em nuances de cinza.
E a tua lucidez, apesar de existir em um sonho que eu sonhava, não era um presente para mim, mas para esse Deus que nos habita.