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sexta-feira, 15 de outubro de 2004

Rugas

Outro dia assisti a uma reportagem em que se falava da implantação do real, há dez anos. Hoje, aula de história nas escolas. Eu vivi aqueles dias com a idade que estes jovens de hoje os estão estudando. Estou ficando velho mesmo. Tem gente por aí, que eu encontro em festinhas (será que eu não tenho mais idade para estas festinhas?), que não sabem o que é um Atari, não sabem quem é Roque Santeiro, nunca tocaram num LP, ou só conhecem o Jô como apresentador de um programa de entrevistas. Um dia desses li um texto que me passaram por e-mail que falava disso. Já posso me incluir na ‘geração passada’, já não sou mais um adolescente. O que é mais interessante é que a ficha demora pra cair. De repente me deparo com um garoto de 18 anos e lembro que quando eu estava fazendo vestibular ele ainda tinha 4 ou 5 anos de idade. Meu Deus! Demora, até que a gente olhe no espelho e se veja adulto, maduro, envelhecido, diferente. Já há fotos minhas de poucos anos atrás onde não mais me reconheço. Há momentos da minha vida que são totalmente parte do passado, são memórias de anos, que a gente se refere nas conversas com os amigos igualmente antigos como ‘os velhos tempos’. E o mais curioso é que a impressão anterior é que esse dia nunca chegaria.

No entanto, isso me agrega mais ao mundo, não me retraio, me dignifico. Olho no espelho e vejo as rugas dos trinta se desenhando, meus fios brancos, mas um olhar interno vem sinalizando um ‘valer a pena’ que me mantém com os olhos abertos, no máximo semi-cerrados – um olhar de disposição, de coragem de força. De muita, muita curiosidade a respeito do que ainda está por vir. E ao invés de me centrar nos sulcos que se formam no meu rosto, centro o olhar na profundidade da esfera da vida, que me abriga e com a qual já fiz um acordo: seremos amigos eternamente.