Eclipse
Estava na frente do computador, no meu quarto, às voltas com a publicação dos meus posts, e eis que começo a ouvir meu nome sendo gritado no meu prédio. Ouvia da janela do quarto, mas não sabia quem gritava, nem de onde vinham aqueles gritos: era meu amigo e vizinho Renato, de lá do quarto andar (no playground do prédio) me convidando para assistir ao espetáculo. (É que a localização do meu apartamento é tão boa, que nem vista para a lua eu tenho, quanto mais para o mar, ou para a rua. Só vejo um estacionamento à minha frente. O fato de que eu moro no primeiro andar ainda piora tudo.) Pois bem, subi e me deliciei. Mais misteriosa do que nunca, mais envergonhada do que nunca, lá estava ela: poderosa, presente, insinuante, com aquele brilho de uma luz inexplicável. Um brilho que nem a sombra consegue diminuir, mas só lhe acrescentar beleza e mistério. Quem perdeu o espetáculo, perdeu mesmo. Agora, só em 2007.