O porquê das 100 coisas
Para que vem acompanhando este blog, sabe que estou fazendo a lista das 100 coisas que ainda tenho de fazer antes de morrer. A idéia surgiu depois de ter assistido a um filme chamado Minha vida sem mim, agora nas locadoras para quem tiver curiosidade. É a história de uma menina de seus vinte e poucos anos, que é mãe, tem um marido, uma genitora insuportável e... 2 meses de vida, devido a um câncer recém-descoberto. Agora, nestes últimos dias que lhe restam, ela terá de fazer coisas imprescindíveis para, digamos assim, morrer em paz e satisfeita. Surge então a idéia da lista - cujo número de itens eu aumentei por conta própria, no filme são apenas vinte, eu acho. E isso me faz pensar no que todo mundo pensa todo dia, ou evita pensar todo dia: quanto tempo nos resta? Eu, pessoalmente, não penso nisso. Sei que resta algum tempo, e para mim esta certeza basta. Quero é poder sonhar desesperadamente, esquecer o relógio da vida, tapar os ouvidos para o tic-tac do ponteiro dos segundos, abraçar o momento, viver dentro dele, inatingível que ele é. Quero mais é gastar meu tempo no 'aqui' e no 'agora'. Conseguindo isso, tenho certeza que quando a hora chegar, de tão feliz, vou quebrar o protocolo das entradas celestiais e dar um beijo na boca de São Pedro.