<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







domingo, 22 de outubro de 2006

[pacotão]

Existe algo mais irritante na vida do que um vizinho barulhento?

Há sim: um vizinho pagodeiro. Barulho de má qualidade. Barulho bom a gente até suporta. Não seria nada mal ser vizinho de João Gilberto, por exemplo. Não me incomodaria em ouvir um domingo inteiro ele dedilhar um samba de uma nota só. O problema é quando seus vizinhos tocam pagode de má qualidade. Todos de uma nota só, feitos por gente de um neurônio só.

Já tentei dormir, ler, escrever. Os caras lá embaixo já estão ficando roucos e toda hora dizem que é a saideira. Quando dizem isso, eu entro em júbilo, afinal ainda faltam 4 horas para a hora oficial, em que posso ligar para a polícia. Dois segundos depois eles se rendem aos fãs e tocam mais uma. É tortura em dobro: além de ter de agüentar a música, ainda há a tortura do pirulito que ‘quase’ vem à boca.

(...)

Agora parece que parou. Ou ficaram roucos de vez, ou estouraram a corda do cavaquinho ou, pra minha sorte – porque essa sim seria uma trégua definitiva, sem volta – a cerveja acabou.

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

[lula e o sorvete da ribeira]

No domingo das eleições estive em minha terra, a Ribeira (sim, porque apesar de, hoje, morar no Rio Vermelho, me considero nativo de lá) para tomar um sorvete. Desisti ao ver o tamanho da fila, que quase fazia curva na próxima esquina. Estava com um amigo de fora que disse:

- Nem vale tanto a pena pegar a fila. O sorvete nem é tão bom.

E é verdade. Baianos somos e orgulho temos, mas tem sorvete melhor do que o da Ribeira sim, vamos admitir. Então, me pergunto: “Por que será que, mesmo sem ser tão bom assim, o sorvete da Ribeira atrai gente da cidade inteira, gente que literalmente cruza Soterópolis de um ponto a outro para saboreá-lo?” A resposta só pode ser uma: a força do mito. O boca a boca simplesmente transformou o Sorvete da Ribeira no melhor sorvete da cidade, no ponto turístico que se iguala em importância ao Elevador Lacerda. E quem quiser que diga o contrário. Vir à Bahia e não tomar o sorvete é igualzinho a ir a Roma e não ver o Papa.

E é nessa hora exata que começo a esclarecer o título desse post, porque é nessa hora exata que me dou conta, olhando para a filha quilométrica, de que o que mantem Lula no poder é a sua aura mitológica.

Não importa o que ele fez ou não fez: assim como o sorvete da Ribeira, Lula é adorado sem muitos questionamentos. O povão – que é muito parecido com nós mesmos, ou com os turistas que chegam afoitos à cidade em busca do famoso sorvete – vota em Lula porque ele tem uma história que o eleva ao patamar maior do mito. Veio do proletariado, perdeu um dedo no exercício de uma profissão árdua e que paga mal, nunca esteve em uma universidade e nunca ouviu falar em concordância nominal. Outro dia li um ensaísta (me perdoem a falta do nome), que dizia que Lula nunca se dispôs a fazer um curso superior para manter, através da suposta ignorância, a aura de mito. Pode até ser.

Algumas sorveterias da cidade já tentaram colocar nas suas portas, em letras garrafais, que o sorvete que vendiam era da Ribeira. E não deu certo. Porque sorvete da Ribeira só é bom se tomado na Ribeira, assim como Lula só é bom quando ele esquece o plural e cita a mãe e seus conselhos sábios.

Lula sabe disso. Ele sabe do poder que tem, e sabe que a sua imagem ainda está imaculada por conta do mito que é. Se você já sucumbiu ao mito e foi à Ribeira tomar o famoso sorvete, já deve ter reparado que lá eles não primam em nada pela higiene. O piso é sujo, os meninos que atendem são mal-amanhados e a impressão que se tem é que, assim como o governo Lula, tem muita sujeira escondida no porão. Mas, mesmo assim, um domingo sem o sorvete da Ribeira, para alguns, é sem graça.

E assim passam-se os dias, os anos, e a gente segue, ignorando umas verdades aqui e outras ali, aceitando o óbvio, escolhendo o que há de menos pior. Pisamos na lama preta da porta da sorveteria e, mesmo assim, quando pomos a pazinha na boca, cheia de sorvete, agradecemos a Deus porque sorvete igual aquele ninguém ainda conseguiu inventar.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

[26cm x 35cm]


Ando recolhido por muitos motivos. Apesar de multifuncional, não tenho conseguido tempo para escrever por aqui. Tenho, no entanto, encontrado, (cavado, desenterrado...), um minutinho aqui e ali para deliciar-me com uma das melhores novidades do ano para quem gosta de ler coisa de qualidade, para quem está cansado de notícia ruim, reproduzida, mal escrita e batida. A foto da capa é esta e o que está dentro é deliciosamente degustável. Já fiz a assinatura, porque não me contive. Espero que ela dure pelo menos os meses que dura o meu contrato com a editora.

Clique aqui para saber mais sobre a ‘piauí’.

segunda-feira, 2 de outubro de 2006

[independência da bahia]

Será que agora o nosso aeroporto volta a se chamar 2 de julho?