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quinta-feira, 17 de agosto de 2006

[ao mar]

Dias de mudança, sem net em casa. Corre-corre. Mudança de casa mesmo. Agora, moro pertinho de Iemanjá.

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

[geneticamente modificada]

sábado, 5 de agosto de 2006

[cadastro de pessoa física]


- Dá uma olhada no sistema, por favor. Vocês tem o quê de Paulo Leminsky?
- Paulo L-e-m-i-n-s-k-y. Isso, mas faltou o 'ene'.

- Nada?
- Tenta aí João Ubaldo Ribeiro. É. Faltou o 'i' de Ribeiiiiiro.
- Nada? Como assim, que tipo de livraria é essa que não tem nada de João Ubaldo?

Ela olha assustada para mim. Tava na cara que ela não sabia quem era nenhum dos dois autores mas, diante da minha surpresa, se achou na obrigação de ter uma idéia brilhante e me ajudar na busca.

- Você sabe o CPF dele?
- Como assim? De João Ubaldo? Como vou saber, minha filha?
- Mas precisa, a busca fica mais detalhada.

A minha expressão assustou a menina. Senti-me num dos episódios de ‘Além da Imaginação’. E insultado. Que obrigação eu tenho de saber o CPF de João Ubaldo Ribeiro para consultar o estoque da livraria?

Diante da minha cara de ‘não-tô-entendendo-nada’ a garota caiu em si.

- Meu Deus me desculpe. Tô na tela errada. Eles não são clientes não, né?
- Não. Estou à procura de livros.

Mudou da tela ‘cadastro de clientes’ para a tela ‘busca de livros por autores’. Não tinha nada de Leminsky, e quase nada de Ubaldo.

Acabei saindo da livraria com o Kama Sutra e uma crônica fresquinha pra contar pra vocês.

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

[o que você vê e o que eu digo]


Vi a moça dançando, vi o menino fazendo os cocos dançar, vi o sol raiando, você surgindo. Vi minha conselheira piscar os olhos e soltar uma gargalhada estridente para seus padrões, quando disse que a empregada estava por vir. Vi o homem do filme voltar no tempo só para se apaixonar, vi um rato preso e gemendo na ratoeira, a cidade no caos das dezoito horas, vi cinqüenta almas sentadas à minha frente aguardando a minha próxima palavra.

Hoje eu vi de tudo, vi com esses olhos, vi com olhos outros, vi através dos seus olhos. Vi a mim mesmo, nessas paragens suas, nesses verbetes que invento, nessa força que faço, aqui, teclando palavras e coisas soltas, fingindo que vi o que não vi, só pra chamar a sua atenção novamente, só para pedir que me devolva a graça da reticência que um dia me prometeu a sua voz doce, só para evitar que dois pontos caiam e só fique um, indicando um ponto final.

(não fiques, pois, a aplaudir daí, de pé, porque de fato nada acabou. Tudo está ainda e apenas começando. Não é ao que pensas que me refiro. As tuas referências é que andam podres, sei que precisas rever para que time torces. Não é sobre isso que tens ai, como plano, de que falo. Falo de coisas aqui já muito simples, tão rasas, tão leves, tão sem importância... Tu, por outro lado, ficas daí, remoendo idéias, refazendo casas e jogos, quando eu, daqui, leve, flutuo e jogo palavras desconexas que mordes como isca. E porque só te alimentas delas, definhas a cada dia, porque a isca não é do tamanho da tua fome, e esta tua espreita jamais te saciará.)

quinta-feira, 3 de agosto de 2006

[receita pra dar certo]



Boca calada e pé ligeiro.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

[nova prole]

Hoje dei a segunda e última palestra/oficina para os professores de licenciatura especial do PROLE, um programa do Estado que visa enquadrar academicamente os professores da rede pública estadual que não possuem licenciatura (sim, há muitos nessa situação).

Foi uma experiência gratificante. Primeiro porque tive a oportunidade de mais uma vez enveredar por um universo novo para mim, que é o ensino público. Tive a oportunidade de ver, convivendo juntos, a fragilidade e a motivação, o descaso e a vontade de crescer, o profissionalismo.

A fragilidade a que me refiro vem da própria formação dos professores. Mesmo intitulados ‘professores de inglês’ poucos têm um nível de proficiência equivalente ao nível 3 (que seria a metade de um curso básico como o do UEC). A motivação vem de exemplos como o de Clara, que me chamou em particular ao final da sessão e me perguntou como foi o início da minha carreira porque, para ela, aquele era, de novo, o início de tudo. O descaso vem do nosso governo mesmo, que não deu a formação desses professores antes. Mesmo com a boa vontade e o entusiasmo de muitos, qualquer um sabe que o descaso contamina, e aí não dá pra deixar de imaginar quantos alunos já passaram por mãos que poderiam estar melhor preparadas, quantos alunos poderiam ter sido melhor guiados.

Os olhares e os aplausos ao final de cada uma das palestras foram de verdade. Os professores ao final de cada palestra aplaudiram não a mim, ou o coordenador de tudo aquilo, ou o tema, mas aplaudiram eles mesmos. Pela coragem de recomeçar, de ver o que antes não se via, de se tornarem profissionais no sentido maior da palavra.

Não pensei duas vezes em olhar nos olhos de Clara com muita atenção de dizer para ela que ela podia, sim, recomeçar e fazer um ótimo trabalho. O brilho que vi nos olhos dela não me deixaram dúvida alguma.